quarta-feira, 14 de maio de 2008

Inocência


Gira a roda,
gira como se fosse nada
a roda onde brincava
a inocência de ontem,
a inocência pela manhã roubada.

No sinal da vida eterna
sem inocência -
inocente e culpados –
estão a lágrima,
a carne violada,
as vermelhas marcas na pele.
No cruzamento da vida com a morte,
engraxando os sapatos divinos,
porque mortal é só menino,
há sangue,
há gente.

E gira roda...
é nada...
era vida...
era menino...
é mais nada.

Nenhum comentário: