quarta-feira, 18 de junho de 2008

Centenário em 2091



Acho um pouco exagerada essa comemoração do centenário da chegada dos primeiros imigrantes japoneses ao Brasil. Os japoneses têm mais a comemorar que nós. Demos a eles oportunidade de comer, beber e enriquecer em uma terra afastada de terremotos, neve e outros desastres naturais.
Não sou xenófobo. Tenho outros defeitos, mas não este. Acontece que, como Nélson Rodrigues já pregava, vejo em nós um complexo de vira-latas incrível. Não comemos peixe cru, não temos tara por sumô, não comemos pênis de baleia, não nos aliamos a Hitler, não ordenamos um estupro coletivo em um país inimigo... em suma, há contribuição japonesa em nossa cultura, mas nada que exija essa encheção de saco nas revista, jornais e telejornais. Os nipônicos é que deveriam estar soltando fogos pela oportunidade de viver em um país como o nosso.
Na relação Brasil-Japão, o centenário deve ser comemorado em 2091. Neste ano, estará completo um século dquilo que Zico começou: uma verdadeira revolução cultural. Observem as imagens do esporte e da visão que os japoneses tinham de si mesmos nos anos oitenta e compare com as de hoje. A olhos vistos os japoneses foram mais influenciados por Zico que os brasileiros pelos nipônicos.
Repito, não sou xenófobo, mas a encheção de saco extrapolou qualquer medida do bom senso. E, para que não digam que odeio o Japão, declaro uma enorme simpatia por qualquer país que ostente uma estátua de ZICO. O Japão tem este privilégio.
Nota: Observem como o Kashima, time japonês, usa hoje um uniforme muito parecido com um outro que conhecemos. Coincidência?

Um comentário:

Ana Marrie disse...

Nossa, eles fazem pose. (risos)