sexta-feira, 27 de junho de 2008

Depois do muro


Depois do muro nada havia,
Terreno vazio.
Larguei ali minhas esperanças:
As que tive e as que não poderia ter tido;
Enterrei ali minhas certezas:
As eu não tive e as que não deveria ter tido.
E vi que o muro era feito de nada,
Um nada concreto,
De uma solidez etérea...
Revestido de hipocrisia,
Pichado com nomes sem significados,
Sem tradução...
E o muro era engano,
Dividindo o que existe
Do nada concreto e etéreo,
Passado e eterno.
O que havia por trás do muro
Era nada,
Era imaginado,
Hipocrisia
Com o nome de religião.

Um comentário:

Anônimo disse...

adorei seu blog!!
estamos na metade do ano e´é a 1ª vez que entro nele.
poxa, mais esse texto ''depois do muro'' me deixou encabulada...
com a questão da religião.
bjs.