domingo, 25 de novembro de 2007

Da morte de Deus e outros desencantos


Cartografia do nada,
Mapa do etéreo e volátil,
Não há orientação para meu vazio,
Não há norte na minha religião.
Utopia de deuses e demônios,
Mostras de cada memória
E de duas desmemórias:
Viajo por estes caminhos inexistentes,
Ando por estes descaminhos que construí.
Quanto de vazio tenho!
Quantos descampados carrego!
Quantos desertos me fiz!
A vontade do que não sou
É o que me resta,
A saudade daquilo em que acreditei
Me dói.
Entre os mapas do nada
E a cartografia do volátil,
Me sobra o remorso
De ter matado Deus
E não ter, ao menos, Um Diabo para pôr no lugar.

2 comentários:

Anônimo disse...

Aleeeeeeex!!!
Acheeei lindo esse!!!
Principalmente o final:
"De ter matado Deus
E não ter, ao menos, Um Diabo para pôr no lugar."

Te amo muito, viu?

Vou colocar o link no meu perfil! =D

Beijããããããããão!!!

Unknown disse...

"Engraçado. Fé, que também é uma negativa, não tem plural. É individual, egocêntrica, xenófoba e singularmente só."
Sabe que eu adoro as coisas que voCê escreve né?!
Finalmente um blog com algo de bom!!!
Adorei o texto da pena também, apesar de não ter entendido muito bem!
Amei o título do seu blog!
Só não entendi o porquê de toda essa amargura.
Quero te ver nas férias, Tio Alex.
bjãO