sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Chuva e seca


Depois da chuva,
Vamos passear,
Pisando nas poças d’água
E na lama das ruas.
As folhas abandonarão pesadas
Que cairão sobre nossas cabeças
Limpando nossos velhos pensamentos.

Andaremos pelo chão árido e rachado
Do sertão durante a seca,
Procurando poças d’água
Nos açudes enlameados.
Não haverá folhas
E o sol estará cobre nossas cabeças
Atormentando nossos velhos pensamentos.

Depois do perdão,
Vamos passear
Por águas límpidas
E por ruas sem lama.
Seremos coroados com folhas cheirosas
E a luz estará sobre nossas cabeças,
Iluminando nossos velhos pensamentos.

Andaremos no chão árido e rachado
Do coração durante a condenação
Procurando água limpa
Para nos livrar da lama.
Seremos coroados com espinhos
E a dor estará sobre nossas cabeças
Condenando nossos velhos pensamentos.

Um comentário:

Unknown disse...

Enquanto a chuva “alivia” a seca vem lembrar o passado.

É isso que entendi, me corrija se estiver errada.

Acho que já estou ficando meia suspeita para falar que seus textos são bons. Não sou A conhecedora Literária, mas é meu gosto, e esse é indiscutível.

Percebi que mesmo sendo um poema de amor, há sempre um sofrimento, dor, isso o torna verídico, sem grandes exageros na forma de amar.