quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

Filho da deusa


Tenho às costas o peso de meu pai
E arrasto pelas mãos o filho que não tenho.
Outras terras procuram meus olhos,
Outras terras ainda procuram meu amor.
Derrotado, curvado sob o peso de meu pai,
Caio sob o fardo,
Sob o fado.
“O calor dissipa-se de súbito
e a vida perde-se no ar”.
Sob o céu troiano a fugir de um cavalo,
Derrotado, olho as estrelas
E vejo, ao longe, Nova Ílion,
“per amica silentia lunae”.

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